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Grupo de pesquisadores visitam Alto Araguaia para levantamento histórico do queijo cabacinha


Por Monique Esposito (Estagiária) | Assecom

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Grupo de pesquisadores visitam Alto Araguaia para levantamento histórico do queijo cabacinha

As historiadoras e técnicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) Regional Jataí, estiveram em Alto Araguaia (MT) para dar início a montagem do dossiê da Indicação Geográfica (IG) do queijo cabacinha. O material consiste em inspeções e entrevistas com os produtores do queijo afim de escrever e documentar a história. A visita na última sexta-feira (16) aconteceu após reunião com grupo de agroecologia em Mineiros (GO), no dia 15.

A Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento e Meio Ambiente (Semapa) e o Centro de Atendimento Empresarial (CAE) de Alto Araguaia acompanharam a visita. “Desde 2017 acompanhamos todas as tratativas relacionadas a indicação geográfica. O prefeito tem nos dado apoio nos eventos que já promovemos e os que participamos. É importante estarmos engajados e auxiliar, é um patrimônio de todos”, disse o secretário de Agricultura, João Dias.

A técnica Mariza Souza Dias, conta que os relatos dos produtores vão constar na documentação do histórico do queijo cabacinha e encaminhadas para obtenção do selo. A historiadora Cláudia Lemes e a bolsista e aluna de pedagogia Isadora Souza, também participam do projeto.

Segundo a pesquisadora, são 10 municípios pertencentes a indicação, sendo cinco para o estado de Mato Grosso e cinco para Goiás. “Para receber o selo do IG, é preciso constatar que o queijo é produzido em uma determinada região, a um determinado tempo e que faz parte da cultura e tem uma determinada forma de produzir”, explica Mariza.

Ela ainda aponta mais tratativas quanto a construção do regulamento de uso do queijo, de como ele deve ser produzido em questões sanitárias. “O regulamento de uso vai estabelecer a forma de produção, mas dentro do regulamento vão ter as variações. Isso porque cada família tem sua tradição de produção do queijo, pequenas mudanças, isso tudo vai estar no regulamento de uso”, complementa a técnica.

Além do apoio do poder público por meio da Semapa, em Alto Araguaia, os produtores do queijo cabacinha contam também com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Diversos cursos de controle de qualidade foram e são oferecidos visando o aperfeiçoamento da produção do queijo.

Questionado sobre prazos e a efetivação da Indicação Geográfica, a técnica Mariza Souza diz que até o início de 2020 entregarão todos os documentos necessários e que o próximo passo é estabelecer uma associação, para ser detentora do selo. “Estamos com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para poder fazer a avaliação dos documentos antes de entregarmos ao INPI. Acreditamos que até o início do ano, entregaremos pelo menos todos os documentos”, diz esperançosa. O Instituto Nacional de Propriedade Intelectuais (INPI) é responsável pela análise do dossiê e entrega do selo.